terça-feira, 24 de março de 2015

Baixada Digital - Internet para todos, de graça.



Em 2011, quando o então governador Sérgio Cabral anunciou o Baixada Digital, eu estava na Secretaria de Comunicação Social de Nova Iguaçu e assessorei a Faetec,  na implantação do Baixada Digital.

Ontem falei Rafael Petersen, responsável técnico pelo BD.

O projeto continua.


Atinge Caxias, Nova Iguaçu, Mesquita, Belford Roxo, Piabetá, distrito de Magé.

Este projeto faz parte do Projeto de Inclusão Digital do Governo Federal e permite que, tanto pessoas como escolas e instituições sociais, acessem a internet de graça.

A Faetec tem encontrado diversos problemas para instalar as antenas que geram e repetem os sinais.

No Jardim Primavera, em Caxias,  a torre do BD foi depredada duas vezes. A antena está instalada numa torre de Claro. Mesmo assim, os bandidos invadiram a cabine cercada e roubaram as baterias de alta potência que garante o funcionamento do equipamento, mesmo sem energia.

O serviço público de Caxias, recolheu alguns equipamentos do projeto que atendiam importantes áreas de mobilidade no município, sendo estes pontos na avenida Brigadeiro Lima e Silva, calçadão de Caxias e entorno do terminal rodoviário municipal, onde haviam equipamentos alocados em postes de Semáforos, desta forma distribuíam o sinal para celulares, notebooks e similares. A remoção destes equipamentos também acarretou na interrupção da transmissão do sinal para outros equipamentos próximos que se interconectavam através de rede MESH.

Ainda em Caxias, a prefeitura negou-se a fazer um corte de árvores, informando que a máquina de corte estava arrestada pela receita, o que deixou os moradores de vila Operária, Jardim são Luiz e adjacências,  mais de 200 pessoas/hora, sem internet.

Também houveram vandalismos e furtos de equipamentos no ponto de bairro do Xavantes em Belford Roxo, que tem uma visada muito ampla.



O ponto da UNIABEU, no centro de Belford Roxo, foi retirado a pedido da reitoria, que alegou que o equipamento não tinha manutenção.  

Na praça Mariz e Barros, em Caxias, onde o sistema funciona, há um acesso de mais de 90 pessoas/hora. As antenas das praças transmitem direto para celulares, smartphones e notebooks que usam a tecnologia Wi-Fi.

O caso mais estranho foi o da Praça da Matriz em São João de Meriti. O sistema funcionava tão bem, que o acesso era de mais de 200 pessoas/hora. A prefeitura retirou o poste com o equipamento e quando houve a colocação de um novo poste, a prefeitura não autorizou a instalação do equipamento de distribuição de internet em Wi-Fi para os frequentadores e vizinhos da praça..

Em Nova Iguaçu e Mesquita, segundo a Faetec, a torre da caixa d´água, situada no bairro K11 continua operacional tendo um acesso de 400 pessoas/hora.

A velocidade total do back-bone do BD é de 100 megas full, ou seja tanto para receber dados como para transmitir, o que a maioria dos servidores não faz. Eles apenas permitem transmitir (upload) 10% dos dados de recepção (download). Cada usuário pode ter velocidades entre 1 e 5 megas.

O Baixada Digital tem como meta atingir todos os municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, mas por falta de verba, está parado. Para mais informações, encontrei um site não oficial do Baixada Digital
USB-1210 da Aquarius




Para  acessar é muito fácil. Rafael Petersen nos deu uma dica. Basta comprar uma antena USB (Um exemplo: o modelo USB-1210 da Aquarius) e estar visual com a torre.  O acesso é imediato sem necessidade senha. 



MINHA OPINIÃO; O que deveria ser realmente um projeto de inclusão social, levando aos mais carentes a possibilidade de acessar de graça a internet e redes sociais, para atingir o conhecimento e facilitar a comunicação entre os cidadãos, é tratado com desprezo e muitas vezes uma pitada clara de defender os interesses das empresas servidoras de internet, que cobram preços absurdos dentro de pacotes chamados COMBOS, que só permitem ao usuário acessar a internet se comprar canais de imagens e telefonia. Tenho a sensação que muitas coisas fabricadas no Brasil eram boas demais e foram abandonadas ou retiradas do mercado. Enquanto  isso,  kits de emergência, extintores que não apagam conforme especificações, tomadas elétricas ridículas, que obrigam o cidadão a adquirir componentes caríssimos aparecem do nada,  colaborando com o “CUSTO BRASIL”